Ponte Alta: a região que mais cresce na parte Sul do Distrito Federal
A Ponte Alta do Gama é uma região localizada na Região Administrativa do Gama (RA II), compreendendo o Setor Habitacional Ponte de Terra (SHPT) e o Núcleo Rural Casa Grande. No passado, esta área era ocupada por fazendas e chácaras, mas atualmente, tem sido dividida em diversos condomínios horizontais fechados.
De acordo com os moradores mais antigos da região, os 787 hectares situados na Zona Rural do Gama, também conhecidos como Ponte Alta Norte, eram antes ocupados por uma extensa fazenda que foi dividida e repartida entre os herdeiros do proprietário. Como não tinham interesse em utilizá-la para fins produtivos, esses herdeiros subdividiram a área em glebas ainda menores, com a maioria variando de 2 a 8 hectares, e as comercializaram para terceiros.
Durante os anos de 1995 e 1996, os primeiros loteamentos da área de Ponte Alta do Gama surgiram, sendo anunciados em jornais, imobiliárias, cartazes e faixas como condomínios seguros e tranquilos. Os documentos de posse dos lotes são sessões de uso registradas em cartórios locais. Com essa nova forma de ocupação, ainda restam alguns poucos módulos rurais de 2 hectares, que são utilizados para eventos e atividades de lazer de famílias residentes no Distrito Federal e em Gama.
Atualmente, a região de Ponte Alta do Gama passa por um intenso processo de urbanização, com a criação de inúmeros condomínios fechados e a consequente ocupação por um grande número de moradores. Apesar do poder público não autorizar novas construções, a crescente demanda por moradias parece estar alimentando a expansão imobiliária na região.
A maioria dos parcelamentos de condomínios em Ponte Alta do Gama é de pequeno porte, já que as propriedades originais tinham entre 2 e 8 hectares. A divisão das propriedades resultou em lotes com tamanhos variando entre 800 e 1.000 metros quadrados, formando espaços com cerca de 10 a 20 lotes por unidade. No entanto, há parcelamentos com entre 100 e 200 lotes entre os condomínios de pequeno porte. Esses incluem o Residencial das Palmeiras, Park do Gama e Fênix, com mais de 150 lotes, além do condomínio de porte médio Atlântida, com 100 lotes.
A respeito da organização da Ponte Alta Norte, é importante destacar que há um total de 35 ruas cadastradas junto à Prefeitura Comunitária, cada uma com nome e código de endereçamento postal (CEP). Esses CEPs foram implantados em 2009 e correspondem tanto a ruas quanto a avenidas, como Jequitibás, Rodobelo I e II, Figueiras, JK, Corujas, São Francisco e Palmeiras.
A criação dessa região administrativa poderia trazer melhorias em áreas como infraestrutura, saúde, educação e segurança pública, facilitando a resolução de problemas e demandas específicas da região. No entanto, o processo ainda está em fase de discussão e não há previsão para sua implementação.
Apesar de ser uma região em franco processo de urbanização, a Ponte Alta do Gama ainda mantém algumas características rurais, com a presença de alguns módulos rurais destinados a atividades de lazer e eventos familiares. Além disso, há uma área de proteção permanente na cabeceira do rio que corta a região, o que reforça a importância de preservar o meio ambiente e garantir o desenvolvimento sustentável da região.
É importante destacar que, apesar do crescimento imobiliário na região, nem todos os empreendimentos são regularizados. Muitos dos condomínios fechados foram criados sem as devidas autorizações e licenças.
Por fim, a Ponte Alta do Gama é uma região em transformação, que combina características rurais e urbanas e que apresenta desafios e oportunidades para seus moradores e para o poder público. É importante que haja um planejamento cuidadoso e uma gestão responsável para garantir o desenvolvimento sustentável da região e a qualidade de vida de seus habitantes.